domingo, 29 de maio de 2011

Milhões gastos em Bairro Legal no centro de Campos

A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, anunciou na noite de ontem a realização do programa Bairro Legal na Lapa, com um investimento de R$ 34 milhões em melhorias que também vão beneficiar comunidades vizinhas com abrangente projeto de infraestrutura, com sistema de drenagem, recuperação da rede de esgoto, recuperação asfáltica, construção de calçadas padronizadas e implantação de novo sistema de sinalização.

Fonte: odiarirj

Enquanto isso, os distritos do interior, vivem de pires na mão mendigando esmolas da prefeitura. São tantas as carências, que fica difícil destacar alguma prioridade. Como ruas mal iluminadas, pontes em estado decadente, estradas em estado precário,sem sinalização e acostamentos cobertos por matos, etc, etc, .......

sábado, 28 de maio de 2011

" UMA BOA LEITURA NOS FAZ VIAJAR ATRAVÉS DOS TEMPOS E DA IMAGINAÇÃO"

"Histórias de Perequê e Açu"

O livro Perequê e Açu, conta a história de dois meninos muito curiosos e brincalhões. Suas aventuras têm a histórica cidade de Paraty como cenário.
Através dos personagens Perequê e Açu eu conto fato reais e também muitas lendas.

A história se passa no ano de 1805 no início do século 19.

O leitor vai ter a oportunidade de aprender várias expressões, como: " o santo do pau oco", a distinção entre "pinga e cachaça"; muitas lendas locais (Mãe do Ouro; Serpente da igreja Matriz; O Guardião do Tesouro; A lenda do pão quente e muitas outras); "o quinto"; "nem eira e nem beira" e também sobre alguns tipos de dialetos.

E de forma histórica, como os negros que aqui chegavam, tinham que ser devidamente registrados, antes de seguirem para as fazendas de todas as regiões. Por causa da "Bula Papal".

Perequê e Açu é um livro de ficção, no qual a historiografia é introduzida de forma a pretender levar o leitor ao tempo e ação.

Espero que gostem!

Obs: Aos interessados, por enquanto o livro está somente sendo vendido por mim através do e-mail: oliveirabicudo@bol.com.br

Breve no site da própria editora literata. e também na livraria cultura.

www.editoraliterata.com.br

AUTORIA DE CARLÚCIO OLIVEIRA BICUDO

sábado, 21 de maio de 2011

Quase 50 milhões em royaties neste mês.

ENQUANTO A EMENDA DO IBSEN PINHEIRO NÃO É APROVADA.

Elevação na arrecadação dos royalties do petróleo para os municípios produtores e limítrofes, referentes à produção de março. Campos recebeu R$ 49.909.363,00, elevação superior a 18% (mais R$ 8,36 milhões), em relação ao último repasse, no mês passado, quando ganhou R$ 41.548.190,21.
A valorização do dólar e o aumento na produção de petróleo na Bacia de Campos, segundo especialistas, influenciaram na alta do valor da compensação indenizatória.
O dinheiro foi depositado nas contas das prefeituras, nesta sexta-feira (20), pela Secretaria do Tesouro Nacional , com base nos cálculos efetuados pela Agência Nacional de Petróleo .


Minha opinião, enquanto a sede do município de Campos, gasta milhões com obras , e aja obras para tantos milhões, os distritos do norte do município ficam com pires nas mãos esperando esmolas, para uma ponte que não sai , para uma cooperativa de costureiras que não sai do papel, e etc,etc,etc,etc.............

Campos – R$ 49.909.363,00
Macaé – R$ 35.499.900,73
Cabo Frio – R$ 12.594.916,18
São João da Barra – R$ 10.903.089,66
Quissamã – R$ 6.770.930,37
Carapebus – R$ 2.693.635,09
Itaperuna – R$ 680.056,25
São Francisco de Itabapoana – R$ 585.603,99
São Fidélis – R$ 566.713,55
Cardoso Moreira – R$ 415.589,93
Italva – R$ 434.479,02
Royalties crédito em: 20/05/2011
Competência: Março de 2011

Fonte: Banco do Brasil/campos24horas




sexta-feira, 20 de maio de 2011

CONCURSO PÚBLICO A VISTA PARA A PREFEITURA DE CAMPOS

Criada a partir da redução de 16 mil para 4,5 mil terceirizados, a demanda de pessoal na Prefeitura de Campos começará a ser suprida ainda este ano, a partir da realização de concursos e processos seletivos para várias áreas da administração pública municipal.

Nas áreas de assistência social e saúde, segundo o secretário municipal de Administração e Recursos Humanos, Fábio Ribeiro, estão prestes a ser divulgados os processos seletivos para programas sociais e para agentes de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses , que devem ocorrer em 2011. O secretário de Finanças de Campos, Francisco Esquef, já havia anunciado em abril a abertura de concurso para auditores fiscais do Tesouro Municipal, Meio Ambiente, Postura e Obras, que deve acontecer ainda no primeiro semestre.

De acordo com o secretário Fábio Ribeiro, a partir da decisão judicial de 2008, que determinou a redução dos terceirizados na Prefeitura, logo que prefeita Rosinha Garotinho assumiu o cargo, foi feito o recadastramento de todos esses funcionários e um levantamento das necessidades do município em relação à questão de pessoal.

Quem estiver desempregado e quiser aproveitar essa oportunidade, comece a se preparar desde já, porque o número de inscrições deverá ser grande devido a grande visibilidade e evidência que todo o norte fluminense esta tendo.

Ferrari carburada será leiloada por até R$ 7,6 milhões

Um modelo raro da Ferrari será leiloado por até R$ 7,6 milhões no "Concorso d'Eleganza Villa d'Este", que começa hoje (20) em Como, na Itália. Um dos mais conhecidos leilões de veículos históricos, o evento reúne colecionadores de todo o mundo até domingo (22). Seis carros conceito do renomado estúdio Bertone também serão vendidos


Ferrari 500 TRC Spider de 1957 tem motor quatro cilindros
Ferrari 500 TRC Spider de 1957 tem motor quatro cilindros

A Ferrari 500 TRC (de Testa Rossa Type C) Spider foi produzida em 1957. É um dos últimos exemplares feitos pela Ferrari com motor de quatro cilindros em linha.

O motor 2.0 aspirado da 500 TRC Spider é DOHC, alimentado por um par de carburadores Weber 40 e desenvolve 190 cv de potência -- bem diferente dos propulsores de hoje, com injeção eletrônica e comando de válvulas variável.

O câmbio é um manual de seis marchas. O carro está em funcionamento normal, com peças originais e pertence a um colecionador europeu.

A organização do leilão, feita pela RM Auctions, espera que o carro seja arrematado por um lance entre 2,6 milhões de euros (R$ 6 milhões) e 3,3 milhões de euros (R$ 7,6 milhões).

Quem se habilita a participar desta pechincha ?

terça-feira, 17 de maio de 2011

PROSA DE UM CASAL DE CAIPIRAS
NARIZ TUPIDO

No Interior de Minas, um casal de amigos caminhava pelo pasto de uma
fazenda, até que viram um cavalo transando com uma égua, e a amiga
logo perguntou:
-Carzarbertoo..., o que é aquilo?
-Eles estão acasalando, sô! A égua tá no cio, o cavalo percebeu isso e tá mandano brasa!!!
-Mais como é que o cavalo sabe que ela tá no cio, Carzarbertoo?
-Aaara! É que o cavalo sente o cheiro da égua no cio, sô!
Passaram mais adiante, e tinha um bode transando com uma cabra, e a
amiga perguntou de novo, e o Amigo deu a mesma resposta.
Mais na frente, lá estava um boi pegando uma vaca, e ela tornou a
perguntar, e ele deu a mesma resposta; que o boi também sentia o
cheiro da vaca no cio.
Foi aí que a amiga perguntou:
-Ô Carzarbertoo, se eu perguntar uma coisa prá você jura que não vai ficar chateado?
-Claro que não amiga! Você pode perguntar!
-VOCÊ TÁ COM O NARIZ TUPIDO?

Fonte: piadarts.blogspot

domingo, 15 de maio de 2011


AQUI COMEÇA O FUTURO



Os reflexos da construção do Porto do Açu/Gabriel de Paiva


SÃO JOÃO DA BARRA- Esperança de um futuro promissor

SÃO JOÃO DA BARRA - Aos poucos eles estão chegando. Ao fim de 15 anos serão 250 mil, mais de sete vezes o atual número de habitantes (32.747). Ou seja, a pacata São João da Barra, localizada no Norte Fluminense e que hoje não enche sequer o estádio do Engenhão, terá uma população suficiente para lotar três Maracanãs em 2025. A razão para tamanho salto são as perspectivas de investimento no município a partir da construção do Porto do Açu, empreendimento da LLX, o braço logístico do grupo de Eike Batista. Em pouco mais de dez anos, a cidade deverá receber uma injeção de quase R$ 70 bilhões - R$ 3,4 bilhões do porto e outros R$ 64 bilhões de empresas que deverão se instalar no seu entorno, informa reportagem de Danielle Nogueira.

FOTOGALERIA: Porto do Açu já começa a mudar a vida em São João da Barra

VÍDEO: Ecos do Porto Açu - Moradores divergem sobre os efeitos do empreendimento de Eike Batista

A LLX já tem cerca de 70 memorandos de entendimentos assinados com candidatas ao novo complexo industrial. Entre elas estão duas siderúrgicas (a chinesa Wisco e a ítalo-argentina Ternium) e duas cimenteiras (Camargo Corrêa e Votorantim). A montadora Renault-Nissan também está em conversas com a Secretaria do Desenvolvimento do Estado do Rio, que trabalha com a LLX na atração de investimentos para a região. Juntas, essas empresas vão formar o chamado Distrito Industrial de São João da Barra, área de 70km próxima ao porto.

Atualmente, duas mil pessoas trabalham no porto, que deve entrar em operação em 2012. Cerca de 60% delas já moravam no município. As demais vieram de diferentes estados do Brasil, atraídas pelas oportunidades de trabalho. Parte deve voltar para sua terra de origem, mas há quem pense em ficar na cidade. Afinal, o complexo industrial deverá criar 50 mil vagas, nos cálculos da LLX.

O baiano Anderson Rodrigues, que trabalha para a ARG, uma das empresas envolvidas nas obras, é um dos que quer trazer a família. Há um mês na cidade, ele ganha R$ 2 mil mensais pelos serviços de carpintaria. Em Paulo Afonso (BA), estava desempregado.

- Sou muito caseiro e aqui é tranquilo. Estou pensando em trazer minha mulher - diz.

Como os demais operários que vêm de fora, Rodrigues divide uma casa com outros funcionários alugada pela ARG. A maior procura por locação de imóveis já está inflando os preços. Há dois anos, quando as obras do Porto do Açu ainda estavam no início, uma casa de três quartos era alugada por R$ 700 mensais. Hoje, sai a R$ 1.500 por mês, segundo a imobiliária Pessanha Imóveis, a maior da cidade.

Especialista teme favelização

O novo contingente de mão de obra já começa a gerar pequenos negócios. O carioca Felipe Siqueira chegou a São João da Barra há um ano e meio. Comprou uma fatia de um supermercado local, abriu uma lavanderia especializada em lavar macacões e, há dois meses, inaugurou um restaurante que atende exclusivamente a trabalhadores da Camargo Corrêa, envolvida nas obras do porto:

- Vislumbrei a possibilidade de crescimento da cidade e resolvi apostar nessa onda.

Siqueira é um dos que está ajudando a organizar o comércio local. Há quatro meses, foi fundada a Câmara de Dirigentes Lojistas, da qual é vice-presidente. Já são 71 associados. Na semana que vem, eles vão se reunir com representantes da Ternium na tentativa de detalhar as necessidades da futura siderúrgica. Grandes bancos também estão chegando. Bradesco e Caixa Econômica Federal pretendem inaugurar agências na cidade.

A prefeitura, comandada por Carla Machado (PMDB), começa a se mexer. Desde 2009, oferece cursos gratuitos de mandarim, visando à chegada da Wisco. Também fechou parcerias com instituições para qualificação do mão de obra. Parte das iniciativas é custeada com a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS), que saltou de R$ 919 mil em 2006, um ano antes do início das obras do porto, para R$ 9,047 milhões em 2010.

Mas é preciso muito mais para assegurar o desenvolvimento social, dizem especialistas. Por um lado, o complexo industrial do Açu poderá contribuir para reduzir a dependência em relação ao petróleo. Ano passado, os royalties e participações especiais (PE, cobrança que incide sobre grandes campos produtores) representaram 56% do orçamento. Por outro lado, o inchaço da cidade inevitavelmente sobrecarregará a infraestrutura local, afirmam.

Fonte: o Globo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quatro informações úteis não divulgadas!

1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de
nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um
cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar!

www.cartorio24horas.com.br


Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24
horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos,
imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela
internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário.
Depois, o documento chega por Sedex.



2.. DIVULGUE. É IMPORTANTE: AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que
realmente são
importantes......
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM
SERVIÇO
VERDADEIRAMENTE GRATUITO.

Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.


3. Importante: Documentos roubados - BO (boletim de
occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ
SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, é
que a
Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou
furto (mediante a apresentação do Boletim de
Ocorrência),
gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11)..

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia
(não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e
o
original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e
outra
cópia à um posto do IFP..

4) MULTA DE TRANSITO : essa você não sabia

No caso de multa por infração leve ou média, se você
não foi
multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não
precisa
pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário
para
converter a infração em advertência com base no Art.
267 do
CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a
notificação da
multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a
advertência
por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.

Código de Trânsito Brasileiro
Art.. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de
advertência
por escrito à infração de natureza leve ou média,
passível
de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator,
na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a
autoridade, considerando o prontuário do infrator,
entender
esta providência como mais educativa.


Fonte " blog do L. Werneck "

sexta-feira, 6 de maio de 2011




SEGUNDO A NASA, UM GRANDE ASTEROIDE PASSARÁ RASPANDO PELA TERRA EM NOVEMBRO


Um grande asteroide vai passar "raspando" pela Terra em novembro deste ano, informou a Nasa, a agência espacial americana.

Embora o asteroide 2005 YU55 tenha sido classificado como um objeto potencialmente perigoso, os especialistas dizem que não há riscos de que ele colida com a Terra nos próximos cem anos.

Esta é a primeira vez que cientistas preveem a passagem tão próxima à Terra de um objeto desse tamanho.

A Nasa informou que um evento como esse não deve se repetir até 2028, quando o asteroide (153814) 2001 WN5 deve passar a uma distância ainda menor do nosso planeta.

Identificado em 2005 pelo astrônomo Robert McMilan, do Spacewatch Program, em Tucson, no Estado do Arizona (EUA), o asteroide 2005 YU55 vai passar a uma distância de 323 mil km da Terra.

Observação

Com cerca de 400 metros de diâmetro, ele poderá ser visto por meio de telescópios relativamente pequenos. O melhor momento para tentar observá-lo, segundo a Nasa, será na noite de 8 de novembro, depois das 21h na zona do Atlântico leste e oeste africano. Mas não será fácil acompanhar sua trajetória, já que o asteroide estará se movendo em alta velocidade.

Segundo descrições, trata-se de um objeto muito escuro, de forma esférica.

Os astrônomos pretendem aproveitar a oportunidade para estudar a rotação do asteroide e determinar a aspereza de sua superfície e sua composição mineral.

SIMULAÇÃO DA APROXIMAÇÃO DO ASTEROIDE À TERRA



  • Nasa

terça-feira, 3 de maio de 2011

ESTE É O JEITO DOS NOSSOS GOVERNANTES TRATAREM O QUE ELES

CHAMAM DE PEQUENOS.

PARA OS GRANDES, TUDO. PARA OS PEQUENOS, SÓ CHIBATADAS, PORRADAS,ETC,ETC,.......


Ao falar da propriedade que terá de deixar para dar lugar aos megaempreendimentos que se instalarão no complexo industrial do Porto do Açu, o agricultor Manoel Roberto Xavier, 51, se esforça para conter as lágrimas. Com a voz embargada, ele relata seu drama ao mostrar os tratores que avançaram sobre a plantação de abacaxi da família para abrir caminho para dutos imensos. "Chegaram com um papel e minha irmã assinou sem saber o que era", diz.

Reassentamento. Processo foi considerado traumático pelos moradores e contrariou as recomendações do Banco Mundial

No interior de São João da Barra, município de cerca de 30 mil habitantes no norte fluminense, relatos como esse, entre emocionados e indignados, multiplicam-se pelas pequenas propriedades rurais espalhadas por um relevo tão plano que permite enxergar o horizonte.

A calmaria do local foi perturbada há pouco mais de um mês, quando o governo do Estado começou a desapropriar a área que abrigará uma siderúrgica e um estaleiro, orçados em R$ 11 bilhões, trazidos na esteira do porto que a LLX, de Eike Batista, constrói no local.

O reassentamento de populações, processo normalmente traumático para os moradores, causou ainda mais transtornos pela forma atropelada como foi feito, contrariando recomendações do Banco Mundial, que servem como referência internacional.

A instituição insiste, por exemplo, que se dê preferência à negociação, mesmo quando decisões judiciais garantem a desapropriação sem o consentimento dos proprietários.

Não foi o que aconteceu. Os agricultores reclamam que foram retirados de suas propriedades antes mesmo de receber o ressarcimento e dizem não terem sido avisados com antecedência da desapropriação. Descontentes com a forma como o processo está sendo conduzido, um grupo ateou fogo em pneus na entrada do porto, forçando a interrupção das obras por dois dias na semana passada.

Surpreendida pela desapropriação, a assistente social Elliana Tauil Linhares, 60, diz que amigos lhe avisaram que oficiais de Justiça se dirigiam à sua propriedade. Saiu às pressas da cidade de Campos dos Goytacazes, onde mora, e deparou-se com carros da polícia na entrada de suas terras.

"Me senti uma bandida. Parecia que era eu quem queria pegar a terra dos outros", disse, ao comentar que os oficiais romperam o cadeado da propriedade com um alicate e lhe deram duas horas para retirar o gado que mantinha na área. Na última quinta-feira, ela voltou ao local depois de obter na Justiça a reintegração temporária da posse.

Procurada, a LLX isenta-se de culpa e afirma que o processo está sendo tocado pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio (Codin). "A empresa acompanha de perto o procedimento conduzido pela Codin e avalia que o mesmo acontece de forma transparente obedecendo com rigor as normas e ritos legais", informou a empresa em nota.

O órgão do governo do Estado sustenta que 94 famílias residem na área de 70 quilômetros quadrados a ser desapropriada, mas admite que outras têm atividades agrícolas na região. Os agricultores, no entanto, dizem que a desapropriação envolve 1,5 mil famílias. Inicialmente, 40 lotes estão sendo desapropriadas.

Os pés descalços e os acenos de mão a qualquer carro que cruza as estradas da região evidenciam a simplicidade dos moradores. Muitos deles já idosos, não querem deixar o distrito onde nasceram e passaram toda a vida dedicando-se ao cultivo de abacaxi, maxixe e caju e à pecuária.

Casados há 40 anos, Reinaldo Toledo de Almeida, 75, e Maria Luzia Toledo de Almeida, 60, contam que perderam a posse de uma das duas propriedades que possuíam. Sem ter para onde levar o gado, precisou vendê-lo. No outro pedaço de terra, onde está a casa deles e as dos seis filhos, a plantação de abacaxi e a falta de pastagem impedem a permanência dos bois.

A família diz que ainda não foi ressarcida pela expropriação e que não foi orientada sobre como será feito o pagamento. "Tenho vergonha de dizer aos meus filhos que preciso de ajuda. Às vezes passo aperto para não pedir", afirma a produtora. Com medo de perder também as casas, a família afixou uma faixa na frente do terreno: "Propriedade particular. Proibida a entrada".

Burocracia. O que está impedindo a chegada das indenizações é a fragilidade dos documentos das terras, informa a Codin. Em grande parte dos casos, as propriedades foram recebidas de herança e divididas em diversas partes, sem que os papéis fossem regularizados. Para colocar tudo em dia, porém, é necessário tempo e dinheiro. Sem isso, os valores só podem ser depositados em juízo.

Embora o decreto de desapropriação tenha sido assinado pelo governador Sérgio Cabral em 2008, de lá para cá, houve pouco diálogo prévio com os produtores. Segundo o secretário de planejamento de São João da Barra, Vitor Aquino, a Codin somente instalou um escritório na cidade há cerca de três meses. "O Estado foi um pouco omisso nesse processo", reconhece.

Outro ponto de discórdia entre o governo e os produtores é o valor pago pelas propriedades. A avaliação feita pela Codin estimou em cerca de R$ 90 mil o preço do alqueire. No entanto, o vice-presidente da Associação dos Proprietários Rurais e de Imóveis (Asprim), Rodrigo Santos, quer que a área seja avaliada como um distrito industrial, designação dada pelo poder público. "Levando-se em conta que agora é uma área industrial, o valor chegaria a R$ 960 mil", diz. /



Texto retirado do Estadão.